Territórios da minha história
por Gregório Teófilo
Oi, aqui começa a história de um menino que conheceu a Educação Ambiental quando era pequenininho, em solo panamenho, onde fica uma de suas casas. Vamos chamá-lo de Greg.
Foi através de seus pais que Greg descobriu o fantástico mundo da educação ambiental e por isso, desde que era apenas um menino, se apaixonou pela ideia de mudar o mundo. Doidera, né? Imagina, só! Por sorte, Greg nasceu em família de gente maluca, como diria aquele velho sábio, metamorfoses ambulantes, que acreditam, sim, que se pode mudar o mundo.
Na sua primeira casa, ele aprendeu muito, plantou suas primeiras árvores, fez seus primeiros papéis reciclados, bonecos de garrafa pet e até participou da sua primeira mobilização em prol do meio ambiente. Este território serviu como o seu berçário de Educação Ambiental.
Ainda criança, ele se mudou para sua segunda casa, muito longe de onde nasceu e ali descobriu novas coisas, como a importância das pequenas cidades e do convívio próximo entre as comunidades. Naquela época, ele foi parar no interiorzinho do Maranhão, na cidade do Aço e do Açaí, Açailândia, e ali fez sua morada.
O tempo passou e o mini Greg foi crescendo e se assustando com a dimensão dos problemas ambientais que, em sua mente de menino, eram fáceis de resolver, já que, quem gostaria de ver seu planeta destruído? Foi em sua adolescência, enquanto fazia um curso técnico em meio ambiente, no Instituto Federal de sua cidade, que o agora jovem Greg começou a entender a importância do acesso à Educação Ambiental.
Em seu curso, o jovem Greg pôde desenvolver muitas das suas ideias mirabolantes para expressar a importância de cuidar do meio ambiente. Além disso, ele descobriu como as causas sociais andam diretamente interligadas com as causas ambientais e assim começou a trabalhar com esses dois meios em conjunto. Nesta fase de sua vida, Greg conheceu e aprendeu muito no seu território, em sua comunidade e com seus companheiros.
Já com o seu curso técnico em ambiente e todas essas lindas experiências, o jovem adulto Greg embarcou para seu novo e caloroso território, um que já era conhecido por ele, Cuiabá - MT. Agora na faculdade de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso, ele se prepara para enfrentar os desafios da crise climática e trabalhar ativamente na discussão e implementação de projetos socioambientais.
Ainda que essa nova fase do Greg tenha sido chacoalhada pela pandemia do COVID-19, ele buscou continuar se capacitando e, ao retornar à Açailândia - MA, aproveitou para manter a discussão sobre a pauta ambiental ativa, principalmente com representantes políticos.
Ainda vivendo em tempos de pandemia, Greg voltou ao seu primeiro lar, no Panamá, e aqui ele se reconectou com as causas do seu território natal, reconheceu seus povos tradicionais e continua atuando em causas ambientais.
Em 20 anos de vida e com 3 territórios para viver, cuidar e amar, aquele mini Greg que te apresentei no início do conto ainda está aqui. Ele ainda planta árvores, faz papel reciclado, participa de manifestações e coleta lixo na praia. Mas agora ele entende claramente a amplitude da problemática ambiental e a importância de cada um de seus territórios e comunidades.
Esse é o conto do menino que viveu a Educação Ambiental desde pequeno e ainda tem muito o que aprender, partilhar e ajudar em seus (meus, nossos) territórios.
Com amor e urgência climática,
Greg.